Febrace 2018: aluno do IFSP Campinas conquista 4º lugar em Ciências Exatas e da Terra
De 13 a 15 de março, o Câmpus Campinas do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) foi representado na 16ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) pelo estudante Geovany Candido, do curso Técnico em Eletroeletrônica - concomitante ao Ensino Médio. Sob a orientação do professor Daltamir Justino Maia e a coorientação do professor Edson Anício Duarte, o estudante apresentou e conquistou o quarto lugar na categoria Ciências Exatas e da Terra, com o kit 3D de montagem de moléculas orgânicas, de baixo custo, acessível a todos os estudantes, inclusive cegos e de baixa visão.
Subir ao palco e trazer uma medalha torna-se mais importante quando se tem uma dimensão da competição. Geovany foi selecionado entre mais de 2.250 mil e competiu com 346 projetos desenvolvidos por estudantes de escolas públicas e particulares do Brasil. A Febrace é considerada a maior mostra brasileira de projetos pré-universitários na temática. O evento acontece anualmente na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), em São Paulo.
“Certamente buscávamos as primeiras colocações, mas volto feliz com o desempenho do nosso projeto diante da qualidade de tantos outros. Fui surpreendido pelo envolvimento e pelo respeito dos participantes, que demonstraram interesse não apenas na competição em si, mas também no aprimoramento pessoal e dos projetos, visando a descoberta de novas soluções para a sociedade”, enfatizou Geovany.
Além da premiação na Febrace, o projeto de Geovany foi um dos selecionados para a IX Mostra de Ciência e Tecnologia da Escola Açai, evento de abrangência internacional que tem entre os parceiros o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Para o professor Daltamir, orientador do projeto, a participação em feiras de ciência é sempre motivo de grande aprendizado, é uma oportunidade de conhecer outros projetos e divulgar o trabalho desenvolvido no Instituto. "Não há dúvida da necessidade de valorizar e popularizar a ciência, como caminhos para o desenvolvimento do País", destacou.
Sobre o projeto
A utilização de modelos moleculares servem para motivar a aprendizagem de química orgânica. Mas nem todos as escolas têm acesso aos kits disponíveis no mercado, além dos modelos não serem acessíveis a todos os públicos. O Modelo de Química Orgânica foi desenvolvido com a impressão em 3D dos componentes que compõem o kit. Cada átomo, representando os principais elementos químicos, recebeu a inscrição do símbolo correspondente em sua superfície, além da impressão do código Braille.
Para completar a acessibilidade, até mesmo para quem não tem familiaridade com o braile, foram inseridos dispositivos RFID - do inglês "Radio-Frequency Identification" - nos modelos atômicos, o que permite a identificação de cada átomo durante a utilização dos modelos. Um sistema informa ao usuário, através de áudio, o nome do átomo, podendo ser utilizado por um maior número de usuários.
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