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Em palestra no Câmpus, Marcio Pochmann aborda desafios do mundo do trabalho

Publicado: Quarta, 06 de Junho de 2018, 17h35 | Última atualização em Quarta, 06 de Junho de 2018, 18h05

Conhecimento, juventude, trabalho, inovação, polarização, oportunidades, sociedade. Esses e muitos outros temas nortearam a palestra do professor e economista Marcio Pochmann, nessa terça-feira (5/6), no Câmpus Campinas do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Com experiência prática e acadêmica de mais de 30 anos na área de ciências políticas e econômicas, o professor apresentou um breve resgate dos fatos que marcaram as transições da sociedade brasileira.

Em cada período, desde a sociedade agrária, urbano industrial e agora sociedade de serviços, Pochmann apontou quais foram os principais desafios econômicos e as transformações que marcaram o mundo do trabalho. Nessa trajetória, o papel da educação como a chave para pensar diferente e refletir sobre as novas formas de posicionamento em uma sociedade tecnológica, em que o trabalho se tornou portável. Ele explica que, em muitos casos, o uso de tecnologias resulta na equivalência entre o tempo de trabalho desenvolvido no local e o realizado fora dele. "Com o computador, a internet, o celular, entre outros instrumentos, o trabalho volta a assumir maior parcela do tempo de vida do ser humano".

Em sua fala, enfatizou que os jovens têm a tarefa de reconstruir o conceito de trabalho, adequando-o para a sociedade contemporânea. Para o professor, embora mais produtivo, o País permanece com o desafio de equalizar a distribuição de renda. Entre outras mudanças, apontou a efemeridade do conhecimento acadêmico, que exige atualização constante, além do fim da fidelidade no trabalho, em que dificilmente um profissional permanecerá no mesmo emprego a vida inteira como antigamente. 

Estamos construindo uma comunidade homogênea, estamos perdendo a paciência de ouvir ou conviver com o diferente, o contraditório. E isso gera o ódio, a incapacidade de conviver em sociedade… O momento de transição exige rebeldia, ousadia, não contemplação”, destacou.

Sobre o palestrante

Graduado em Economia, mestre em Ciências Políticas e doutor em Ciência Econômica, Pochmann acumula cargos importantes em seu currículo, com atuação no Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No plano internacional, atuou na Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Na área acadêmica, foi pesquisador visitante em universidades da França, Itália e Inglaterra, com pós-doutorado nos temas de relações de trabalho e políticas para juventude. Desde 1989, é professor no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, desde 2012, também é pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit). Pochmann tem vasta experiência em publicações acadêmicas, com 49 livros publicados na condição de autor e coautor nas áreas de economia, sociedade e políticas públicas.

    

 

 

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