Professor do Câmpus é coautor do e-book - A escola dos meus sonhos

Uma educação dialógica, acolhedora e democrática que, assim como indica Paulo Freire, promove o empoderamento de cidadãos ativos na práxis escolar para que sejam capazes de analisar criticamente suas realidades e poder agir para transformá-las. Essa foi a essência do curso “A Escola dos meus Sonhos”, promovido pelo Instituto Paulo Freire, que teve entre os concluintes o professor do Câmpus Campinas do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Pedro Fantinatti. O professor também faz parte do grupo de autores do e-book homônimo, resultado da compilação de artigos elaborados pelos participantes sob a ótica freiriana.

O curso pioneiro foi ministrado pelo professor Moacir Gadotti que destacou em seu prefácio: “Recomendo a leitura atenta destas produções, que entram para a história do Instituto Paulo Freire, da EaD Freiriana e que, conforme poderão ler, demonstram grande qualidade educativa de quem educa e se educa por meio da pesquisa, da reflexão prático-teórica e no contexto do curso A Escola dos meus Sonhos (2017), que nos permitiu convivências prazerosas, altamente humanizadas e mudancistas”.

O curso contou com quatro módulos, dissecando todas as fases e características da aprendizagem, alternando teoria crítica e a troca de percepções acerca de cada temática. Para a produção do e-book, organizado por Ângela Antunes, Janaina Abreu e Paulo Roberto Padilha, 25 grupos ficaram responsáveis por abordar os temas geradores.

O professor Fantinatti contribuiu para o capítulo que considerou as metodologias ativas de aprendizagem como um dos pilares da pedagogia freiriana na construção da autonomia dos educandos e de uma escola emancipadora e crítica.

O professor explica que as metodologias ativas de aprendizagem, além de desenvolverem as habilidades e competências pretendidas, permitem caminhos para avançar mais no conhecimento profundo, nas competências socioemocionais e em novas práticas para que o educando seja protagonista em seu próprio processo de aprendizagem, de modo que educador e educando tenham uma relação dialógica e horizontal.

“Fizemos um estudo de diversas metodologias ativas de aprendizagem e verificamos em que medida cada uma delas contribui para o desenvolvimento da autonomia dos educandos e, consequentemente, como se articulam com as ideias de Paulo Freire. Concluímos que as metodologias ativas de aprendizagem possibilitam a aproximação com a realidade vivenciada para despertar a troca de saberes, de tal maneira a permitir que o educando tenha capacidade de desenvolver suas autonomias. A pedagogia da autonomia, proposta por Paulo Freire, propicia a capacidade de rompimento com o ”senso comum”, ou seja, do desenvolvimento da capacidade crítica”, destacou Fantinatti.

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