Estudantes do Ensino Médio apresentam obras na exposição "Arte Rupestre no IFSP"

A Arte Rupestre é considerada a expressão artística mais antiga da humanidade. Foi produzida em diferentes épocas e lugares, podendo ser encontrada em cavernas, grutas ou mesmo sobre superfícies rochosas ao ar livre. Tais obras são datadas através de aferições com radiocarbono e avaliadas por suas qualidades técnicas e tipos de grafismos mas, ninguém pode afirmar, ao certo, quais são seus significados. Visto que trazem valiosas pistas acerca da cultura e modo de vida dessas antigas civilizações, são consideradas patrimônio histórico, embora frequentemente sejam alvo de depredação.

Esses conceitos foram apresentados aos alunos do IFSP Campinas, do 1º ano dos cursos técnicos em Informática e Eletrônica Integrado ao Ensino Médio, na programação da disciplina de Artes. O resultado das reflexões em torno da temática está presente na primeira exposição “Arte Rupestre no IFSP”, construída de forma colaborativa, com obras produzidas individualmente e em grupos.

O projeto é conduzido pela professora Andrezza Moretti, orientadora e curadora da exposição. Em sua percepção, os alunos demonstram criatividade e sensibilidade por meio de formas significantes, nuances de tonalidades e tracejados simbólicos que remetem aos estudos desenvolvidos e obras apreciadas nas aulas de Arte.

Ela comenta que os alunos estudaram os grafismos presentes em obras classificadas como rupestres, preservadas em várias regiões mundo, como as existentes nos sítios arqueológicos de São Raimundo Nonato, no Piauí (Brasil) e nas cavernas de Altamira (Espanha) e Chavet (França). Também estudaram as técnicas e materiais, como carvão, terra, gordura e sangue animal, usados pelos antepassados, e discutiram tanto a importância da preservação destas manifestações quanto o seu valor artístico.

Para completar o compartilhamento de informações sobre o tema, a assistente de alunos Solange Ferreira de Oliveira, que tem formação em Espeleologia, ministrou uma aula especial nesta segunda-feira (26/3). Em sua fala, destacou sua experiência em um grupo de Espeleólogos, tendo já visitado cavernas com pinturas rupestres em Minas Gerais e Bahia, além de cavernas na Argentina. “Gostei muito da exposição, está muito próximo da arte rupestre. É interessante que os jovens saibam o valor desta arte e a necessária preservação”, enfatizou.

A exposição segue até o dia 10 de abril. Aprecie e valorize a produção dos alunos. 

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