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Estudante do IFSP Campinas desenvolve Modelo de Química Orgânica acessível para cegos

Publicado: Sexta, 09 de Março de 2018, 16h19 | Última atualização em Sexta, 09 de Março de 2018, 18h28

Projeto foi selecionado e será apresentado na Febrace 2018

A utilização de modelos moleculares servem para motivar a aprendizagem de química orgânica. Mas nem todos as escolas têm acesso aos kits disponíveis no mercado, além dos modelos não serem acessíveis a todos os públicos. Pensando em ampliar as oportunidades de aprendizado, o estudante Geovany Candido, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) - Câmpus Campinas, do curso Técnico em Eletroeletrônica - concomitante ao Ensino Médio – desenvolveu um kit 3D de montagem de moléculas orgânicas, de baixo custo, acessível a todos os estudantes, inclusive cegos e de baixa visão.

O projeto foi selecionado entre mais de 2.250 mil submetidos à 16ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior mostra brasileira de projetos pré-universitários na temática. O evento acontece de 13 a 15 de março, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), em São Paulo. Serão apresentados 346 projetos desenvolvidos por estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas e particulares do Brasil.

O Modelo 3D de Química Orgânica foi desenvolvido com orientação do professor Daltamir Justino Maia e a coorientação do professor Edson Anício Duarte.

O protótipo foi desenvolvido em parceria com o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), com a impressão em 3D dos componentes que compõem o kit. Cada átomo, representando os principais elementos químicos, recebeu a inscrição do símbolo correspondente em sua superfície, além da impressão do código Braille.

Para completar a acessibilidade, até mesmo para quem não tem familiaridade com o braile, foram inseridos dispositivos RFID - do inglês "Radio-Frequency IDentification" - nos modelos atômicos, o que permite a identificação de cada átomo durante a utilização dos modelos. Um sistema informa ao usuário, através de áudio, o nome do átomo, podendo ser utilizado por um maior número de usuários.

Para validar o protótipo, o estudante já realizou um teste com a parceria do Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA). O modelo foi avaliado pela pesquisadora Fabiana Bonilha, que verificou a sua utilidade e usabilidade junto ao público que, como ela, apresenta deficiência visual. Depois de manusear os dois modelos, o disponível no mercado e o desenvolvido pelo estudante, ela foi categórica sobre as facilidades de identificação e aprendizado possibilitado pelo novo kit.

Fabiana validou o modelo, confirmando as vantagens destacadas pelo estudante no projeto e também os argumentos para o seu uso. Ela comentou que o tamanho das peças é o ideal, além da inscrição em braile seguir ao padrão universal. “É interessante que, pelas peças, é possível identificar o número de ligações de cada átomo e a própria geometria das moléculas. Uma das dificuldades que as pessoas com deficiência visual têm é justamente identificar desenhos tridimensionais. O modelo desenvolvido nos permite uma noção concreta e com maior clareza”, destacou.

O diferencial do kit é que não atende somente ao público portador de deficiência visual, mas a todos, no sentido mais amplo de inclusão.

Torça pelo estudante IFSP Campinas! Ao curtir o projeto, você poderá ajudá-lo a conquistar mais pontos na avaliação da Febrace 2018.

Clique no link e CURTA O PROJETO http://febrace.org.br/virtual/2018/EXA/267/ 

Assista também ao vídeo elaborado pelo estudante em nossa página no Facebook - https://www.facebook.com/IfspCampinas/  

 

 

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