CONCAM discute inclusão de pessoas com necessidades educacionais específicas
O Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas - NAPNE do IFSP campus Campinas apresentou ontem, durante a 36ª Reunião Ordinária do Conselho de Campus (CONCAM), realizada através de videoconferência, as ações e desafios para inclusão de pessoas com necessidades educacionais específicas no âmbito da Educação Profissional e Tecnológica.
O Psicólogo Mauro Salvati, servidor do campus e membro do NAPNE, apontou que as cotas facilitam o acesso da pessoa com deficiência. Em 2019 tivemos dois alunos, já em 2020 são 7 destes, dois são autistas.
Mauro explicou que quando a Coordenadoria de Registros Acadêmicos recebe a matrícula de aluno classificado na cota, encaminha os documentos a Coordenadoria Sociopedagógica que através do NAPNE executa entrevista com o aluno e com a família para determinar as necessidades de adaptação e assim construir o PEI (Plano Educacional Individualizado). Mauro informou que dos 7 alunos, apenas 3 necessitaram de PEI, os demais apenas foi sinalizado aos professores que tem alunos especiais na sala.
Mauro aponta como desafio, como no caso dos alunos autistas, a necessidade de um profissional de educação inclusiva porém não é possível sua contratação devido ao Plano de Carreiras ao qual o IFSP é ligado não prever este cargo. Também foi discutido não ser possível a contratação terceirizada de tal profissional devido a um parecer jurídico negativo para tal. Outro desafio apontado é quanto a Educação Profissional-Técnica. Mauro apontou a dificuldade dos docentes, mesmo com muita boa vontade, e com uso de diversas ferramentas, para adaptar o conteúdo técnico aos alunos. Foi pedido parecer sobre certificar estes alunos especiais, apenas nos casos necessários, a certificação apenas do ensino médio (similar ao que acontece no Programa ENCCEJA), porém, na ocasião, a consulta ao setor competente teve negativa sobre alegação de não estar no escopo da instituição que tem por objetivo a Educação Profissional-Técnica e portanto o conteúdo deverá ser adaptado, porém, não foram fornecidas diretrizes para tal.
Mauro solicita ao conselho de campus a sensibilização a estes pontos e para em conjunto tentarmos melhorias para a Educação inclusiva no campus.
O presidente e os conselheiros decidiram que serão feitos encaminhamentos ao COLDIR e ao CONSUP sobre estas questões.
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