Repositório Institucional do Instituto Federal de São Paulo – mesa-redonda debate importância e estado da arte
Debater e sensibilizar a comunidade acadêmica para a importância dos repositórios institucionais no contexto do Instituto Federal de São Paulo. Esse foi o objetivo da mesa-redonda realizada na sexta-feira (27/10), durante a programação da OpenCon 2017 Campinas, realizada em parceria entre o IFSP Campinas e o Centro de Tecnologia da Informação – CTI Renato Archer.
O debate teve como tema principal a relevância dos repositórios institucionais como forma de democratizar o acesso à produção científica de uma instituição. A mesa-redonda teve a participação da bibliotecária e presidente da comissão de implantação do Repositório institucional do IFSP, Elis Regina Santos (IFSP/Câmpus São Carlos); da bibliotecária e doutoranda Cintia Almeida da Silva Santos (IFSP/Câmpus Araraquara); da professora Ariadne Chloe Mary Furnival – (Universidade Federal de São Carlos - UFSCar) e do diretor de tratamento da informação do Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Oscar Eliel.
Elis Regina traçou um breve resgate do processo de implantação do RI do IFSP, que nasceu de uma iniciativa do Câmpus São Carlos, em 2012, e expandiu para uma iniciativa geral da Reitoria, em 2015, englobando todos os câmpus. Em maio de 2017 foi designada uma comissão para implantação do Repositório, que iniciou a primeira fase do projeto, envolvendo o estudo e análise das políticas norteadoras. O cronograma de implantação prevê o lançamento de um piloto em abril e o lançamento oficial em julho de 2018.
O RI-IFSP é uma base de dados de acesso aberto que se propõe a gerenciar a produção intelectual de servidores e discentes vinculados ao IFSP, por meio de uma plataforma de software livre, visando promover o acesso aberto aos objetos digitais produzidos pela comunidade do IFSP, seja em formato de texto, som, imagem, audiovisual e outros possíveis formatos.
Mais visibilidade para a ciência e tecnologia
Em sua fala, a professora Ariadne Furnival defendeu as plataformas de acesso aberto, como forma de democratizar o acesso ao conhecimento científico e ampliar a visibilidade das pesquisas realizadas. Ela apresentou o dado de que apenas 25% dos artigos mais recentes são acessíveis a todos os públicos, ao passo que os artigos disponíveis em acesso aberto recebem, em média, 18% mais citações. “Já evoluímos, mas esse avanço tem lento, já que registramos duas décadas do movimento de acesso aberto”, considerou Furnival, que também coordena o grupo de trabalho para a implantação do repositório institucional da UFSCar.
Oscar Eliel apresentou a experiência da Unicamp, em processo de abertura de seus documentos. O Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp tem 138 mil documentos registrados, entre artigos, teses, dissertações e patentes, tendo conquistado mais de um milhão e duzentos mil acessos, de 170 países. Mas o desafio continua, estima-se que ainda existam cerca de 200 mil documentos para serem inseridos para que toda a memória científica seja preservada e tenha livre acesso. Desde 2015, é obrigatória, por meio de resolução, a inserção de toda a produção vinculada à Unicamp no Repositório.
A bibliotecária Cintia Santos tem pesquisado o tema repositório institucional como objeto de sua tese de doutorado, abordando o seu uso como ferramenta de gestão. E, neste aspecto, a pesquisadora alerta para a necessidade de apoio institucional e o envolvimento de toda a comunidade, para que o repositório seja visto como uma ferramenta estratégia.
A ação foi proposta pela Biblioteca do Câmpus e pelo setor de Comunicação Social.
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